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    Principais dúvidas sobre novo Coronavírus e fertilidade

    Principais dúvidas sobre novo Coronavírus e fertilidade

    O novo Coronavírus causa danos à fertilidade?

    Até abril de 2020 a ciência não tem informações sobre as ações do novo coronavírus sobre os gametas masculinos (espermatozoides), gametas femininos (óvulos) e espermatozoides, bem como nos embriões. Não se sabe a interferência sobre a gravidez inicial.  Ainda não se tem experiência mesmo em gravidez mais avançada.   Isto porque este novo vírus apareceu em dezembro de 2019.

    Deve-se ou não evitar a gravidez natural?

    Enquanto a pandemia não estiver controlada é prudente não engravidar devido ao desconhecimento da medicina em relação ao novo coronavírus e pelos riscos de complicações que pode ocorrer em qualquer gravidez e que obrigue a paciente ir ao hospital, que poderá estar cheio de pacientes infectados.  Mas, se ocorrer de engravidar não significa que terá problemas.

    Pode-se ter relações sexuais?

    O isolamento social não esta sendo respeitado na sua plenitude. Praticamente todos podem ser transmissores em potencial, mesmo completamente assintomáticos. Não há contraindicação formal de ter-se relações sexuais, ainda não há demonstração que o sexo poderia transmitir o Coronavírus. Mas, sabe-se que a transmissão é principalmente pelas vias áreas, pela boca, pelo nariz.  Desta forma, nas preliminares do sexo há possibilidade de transmissão é muito grande, como durante um beijo. Sexo seguro sempre é a melhor alternativa!

    Em que situações é permitido fazer tratamentos de reprodução humana durante a pandemia?

    Em nota técnica de 04/04/2020 a Anvisa ratifica o posicionamento das sociedades cientificas – SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana) e SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida) – e orienta o adiamento de qualquer tratamento de Reprodução Humana Humana até que a situação no país, relativa a pandemia de Coronavírus, esteja controlada. Excetuam-se os casos oncológicos e outros em que o adiamento possa causar mais danos ao paciente.

    Pacientes com câncer poderá necessitar impedir ou dificultar ter um filho no futuro. Assim, para os homens e mulheres podem congelar as células germinativas (espermatozoides, óvulos ou tecido ovariano) para utilização futura. O exemplo mais comum são as mulheres jovens com câncer de mama. Elas podem estimular a ovulação e congelar os óvulos, após cura do câncer ela pode descongelar os óvulos, fertilizá-los e conseguir engravidar com chances excelentes.

    Algumas vezes o atraso no tratamento poderá causar danos à fertilidade futura dos pacientes, sendo necessário a avaliação caso a caso, quando for requisitado pelos pacientes. Pacientes, mesmo jovens com menos de 30 anos, podem ter poucos óvulos. A demora em congelar-se os óvulos poderá determinar o fim do sonho de ter um filho com sua carga genética. É impossível predizer qual será este tempo em que não  terá mais óvulos, mesmo com pouca quantidade. O que é possível dizer é se a paciente potencialmente teria muito ou poucos óvulos para respectiva idade, pela avaliação da reserva ovariana.

    Como saber se o adiamento no tratamento da infertilidade por conta da pandemia não vai prejudicar o sonho de ter-se um filho?

    Todos seremos de alguma forma impactados com esta pandemia pelo Coronavírus (Sars-CoV-2). É uma orientação da ANVISA o adiamento dos procedimentos de reprodução humana.  Poucos dias ou poucos meses não deve fazer grande diferença na sua fertilidade, exceto nas condições citadas na nota técnica da ANVISA  de 03/04/2020 (“Excetuam-se os casos oncológicos e outros em que o adiamento possa causar mais danos ao paciente”). Assim, na dúvida a paciente deverá consultar-se com o especialista. A consulta on line foi liberada nesta fase da pandemia.

    Quais as orientações para casos especiais de tratamento em reprodução humana?

    Em casos individuais e específicos, como os oncológicos, o médico assistente e os pacientes devem fazer a análise do risco-benefício da realização do procedimento. Com relação à doação de células reprodutivas (gametas) e embriões humanos, nacionais e importados, devem ser seguidas as seguintes recomendações:

    • candidato à doação procedente ou que tenha retornado de qualquer país será considerado inapto por 30 dias após a viagem;
    • candidato que teve contato, nos últimos 30 dias, com pessoa com diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus Sars, Mers e/ou 2019-nCoV ou proximidade com caso suspeito será considerado inapto por 30 dias após o último contato com a pessoa;
    • candidato que foi infectado pelos vírus Sars, Mers e/ou 2019-nCoV, com diagnóstico clínico e/ou laboratorial, será considerado inapto por 90 dias após a completa recuperação da doença – isto é, quando estiver sem nenhum sintoma ou sequela que possa contraindicar o procedimento.

    A nota da ANVISA frisa também que não serão aceitos os pedidos de importação de células reprodutivas ou gametas (oócitos e sêmen) para amostras colhidas após 30/01/2020, data na qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

    O que fazer se você achar que tem poucos óvulos?

    Na realidade impossível de saber se você tem poucos óvulos se não realizar exames para avaliar sua reserva ovariana. Os exames mais realizados são a dosagem no sangue do hormônio anti-mulleriano (AMH) ou a contagem de folículos antrais (CFA), realizado por ultrassonografia transvaginal. O mais utilizado e a dosagem do AMH, é feita em vários laboratórios e a CFA pode ser realizado pelo seu ginecologista. Se estiver sua reserva ovariana estiver baixa você devera conversar com o especialista para informar-se melhor. Uma alternativa seria congelar os óvulos para utilização futura.

    Como é feita a consulta on line?

    Você entra em contato com a clínica de Reprodução Humana para informar-se como funcionaria, porque há uma diversidade grande do modo como é feita por cada médico. Existem regras a serem cumpridas, como o sigilo médico, a segurança das informações, as questões financeiras, as responsabilidades do ato médico. Hoje boa parte das clínicas de reprodução humana estão organizadas para as consultas on line, com possibilidade de  acesso ao  prontuário eletrônico de qualquer local que o  médico esteja. A liberação das consultas on line ocorreu por conta da recomendação do isolamento social, possibilitando que mesmo pacientes de locais distantes possam ter acesso a médicos de referência. Porém, a consulta presencial pode ser essencial em muitos casos.

    O que se pode fazer enquanto a pandemia não é controlada?

    Ficar em casa, fazer a consulta on line, para que seu ginecologista lhe oriente o que fazer. De modo geral uma vida saudável, mesmo com isolamento social como boa alimentação, não engordar muito, tomar sol para melhorar a vitamina D, tomar ácido fólico para quem já esta pretendo engravidar. Se descobrir que tem câncer ou que o adiamento do seu tratamento de infertilidade pode provocar danos a você, você deverá ser atendida pelo médico, com orientações individualizadas. Algumas outras situações exigem algum cuidado especial da paciente em relação à fertilidade, como idade superior a 35 anos, pouca quantidade de óvulos. Se você tem endometriose, mioma, ovários policísticos, má resposta à estimulação ovariana (baixa reserva), já deve ter a orientação de um especialista. Ele poderá lhe orientar quanto a utilização de medicamentos para evitar ou diminuição da progressão da endometriose, miomas, ovários policísticos. Homens com espermatozoides com qualidade prejudicada pode utilizar-se de antioxidantes, no caso de baixa resposta às estimulações ovarianas podem fazer uso de medicamentos que necessitam de meses para sua ação adequada, conforme publicação de uma revisão publicada recentemente numa das mais importantes revistas cientifica voltada para reprodução humana.

    Seguir rigidamente as orientações das autoridades para que possamos ficar livre o mais rapidamente possível desta pandemia pelo novo Coronavírus e volta à normalidade para que os médicos possam atende-la presencialmente e não somente on line. Mantenha a calma, fique em casa e acompanhe as notícias para ver quando as clínicas estarão funcionando normalmente.